De acordo com uma matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, no dia 4 de outubro, a partir de janeiro do próximo ano, será aberta a licitação de um novo parque linear para a região da Vila Madalena. O projeto do parque já está sendo desenvolvido pelo escritório de arquitetura Davis Brody Bond em parceria com a ONG Aprendiz – contratados pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.
O escritório é responsável pelo projeto arquitetônico do parque, a ONG Aprendiz tem o importante papel de promover reuniões com os moradores do bairro para saber o que eles pensam e almejam da construção, já a Secretaria vai cobrar o cumprimento dos termos de compromisso ambiental do consórcio Via Amarela, que deve financiar o projeto como compensação pelas obras do metrô.
O objetivo central da construção do novo parque é ajudar na drenagem das águas da chuva, além de favorecer a circulação de pedestres e ciclistas na região. Como referência, o projeto tem experiências bem-sucedidas, como o Tanner Spring Park, em Portlando, nos Estados Unidos.
Os arquitetos responsáveis pelo projeto aguardam o resultado do levantamento topográfico e a definição da verba exata disponível, que devem sair nas próximas semanas. Mas, já sabem que entre os pedidos dos moradores da região para o parque estão: pistas de skate, árvores frutíferas, brinquedos educativos, informações em braile e esculturas.
Saindo da rua Heitor Penteado e descendo até a chamada “zona dos becos” da Vila Madalena passa, escondido sob canos, o córrego verde, numa região repleta de passagens, canteiros e escadarias. É nesse perímetro que está sendo traçado o futuro parque linear, que acompanha a várzea do rio e deve ajudar na drenagem de água da chuva, além de favorecer a circulação de pedestres e ciclistas.
Contratado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o projeto está sendo desenvolvido pelo escritório de arquitetura Davis Brody Bond Aedas em parceria com a ONG Aprendiz. Na semana passada, os arquitetos responsáveis realizaram dois seminários com moradores e entidades do bairro para apresentar os primeiros conceitos, ouvir anseios e sugestões. Encontros semelhantes devem ocorrer nos próximos meses.
A ideia é ter, até janeiro, a versão final do projeto, para, só então, licitar a obra.
O parque será financiado pelo consórcio Via Amarela, através de termo de compromisso ambiental (TCA), como compensação pelas obras do metrô. O projeto tem como referência experiências bem-sucedidas de “drenagem criativa” como o Tanner Springs Park, em Portland (EUA). Biovaletas e pisos drenantes são algumas das técnicas que poderão ser testadas.
“Não é mito que terra e grama ajudam na absorção. Quem tem um canteirinho no quintal corre menos risco de ver água entrando em casa”, disse Anna Dietzsch, uma das arquitetas responsáveis pela praça Victor Civita, em Pinheiros, e que agora trabalha para viabilizar o parque linear.
O seminário realizado na última quarta-feira reuniu cerca de 50 pessoas. Apenas na pequena amostra, ficou clara a dificuldade de implantar um parque numa área consolidada, com expectativas diversas e, às vezes, divergentes.
Alguns pediam atenção às crianças; outros clamavam que o grafite feito no beco fosse respeitado “enquanto filosofia”. Moradores apontaram ainda a existência de esgoto sendo lançado ilegalmente no córrego.
Residente na Vila Madalena há 30 anos, João Pedro Rosin apontou as enchentes e o barulho como principais problemas do bairro. “A Vila é um lugar ótimo para morar. Mas a tendência é virar o centro da cidade, que tinha uma população e a população foi embora.” Segundo ele, um parque poderia ajudar os moradores, em especial os da terceira idade.
Pistas de skate, árvores frutíferas, brinquedos educativos, informação em braile e esculturas foram alguns dos elementos citados como interessantes para o local. Para dar continuidade ao projeto, os arquitetos aguardam nas próximas semanas o resultado do levantamento topográfico e a definição da verba exata disponível.
Fonte: ARQ!BACANA