Acidentes constantes estão revoltando os moradores da Rua Japão, no Centro de Diadema. É comum caminhões não conseguirem subir uma ladeira e, quando chegam na altura do cruzamento com a Rua Guiomar, voltam de marcha à ré. Devido aos seguidos problemas no local, a Prefeitura informou que irá transformar a via em mão única dentro de dez dias.
Na sexta-feira, uma carreta bateu no portão de uma casa. “Faz dez anos que moro aqui e toda vez acontece isso. Minha mãe já foi atropelada uma vez, e se machucou bastante”, afirmou Marcos Cayres.
O acidente mais sério aconteceu no dia 3 de dezembro. Leila Lopes da Silva, 37 anos, morreu prensada por um caminhão. Leila, que era sindica de um prédio próximo à subida, tinha acabado de buscar a filha na escola. “É revoltante essa situação. Ainda não morreu ninguém da minha família, mas é uma coisa que pode acontecer a qualquer momento”, disse Denise Alves.
Os moradores já fizeram alguns abaixo-assinados, mas nada foi feito. Denise declarou que irá realizar outro tipo de protesto se não houver providências nos próximos dias. “Vamos fechar a rua, queimar pneus, sei lá. É ridículo fazer isso, mas não temos alternativa”.
Edmilson Palhares disse que teve sua casa invadida por caminhões em duas oportunidades. Em ambas, arcou sozinho com a reforma da residência. “Quando ocorrem os acidentes, como quando morreu a moça em dezembro, eles (a Prefeitura) vêm para limpar o local rapidamente. Agora, para resolver o problema, ninguém faz nada”, conta Palhares.
O fluxo da Rua Japão se tornará ainda maior em fevereiro, quando o ano letivo entrará em vigor. Próximo ao cruzamento, há duas escolas e uma faculdade.
Fonte: Diário do Grande ABC