O prefeito já havia declarado que não poderia investir no salário dos servidores para manter o padrão de manutenção da cidade e garantir investimentos. Na avaliação do líder do governo na Câmara, Orlando Vitoriano (PT), não se pode dizer que o funcionalismo não está inserido no planejamento da cidade. “Em 2009 e 2010 a Prefeitura deu a reposição da inflação e neste ano manteve a linha”, disse.
A contraproposta da administração rejeitada foi de 10,4% em cinco parcelas: dezembro, fevereiro, abril, julho e setembro, ante aos 11% cobrados pela categoria. Além dessa questão, a Prefeitura se comprometeu a atender quase que na totalidade, com exceção de seis itens, aos outros 14 pedidos da categoria. O grande argumento utilizado pelo governo são os sequestros de receita via precatórios que totalizaram cerca de R$ 40 milhões entre 2009 e 2010. Nestes anos, a categoria obteve reajuste e, segundo a Prefeitura, representaram perdas na capacidade de investimento e atraso no pagamento dos servidores. O dirigente do PT em Diadema, Josemundo Dário Queiroz, o Josa, concorda que a prioridade do planejamento foram os investimentos. A presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves é filiada ao PT.
A proximidade com a gestão tem de ser separada, de acordo com Josa. “Temos muitos dirigentes que são militantes ligados à gestão, mas temos que respeitar a autonomia do sindicato e da Prefeitura. Essa greve não é uma queda de braço entre o Mário e o sindicato”, justificou. A principal criticada nessa relação é a secretária de Planejamento, Fátima Queiroz. Ela, no entanto, foi procurada para explicar as prioridades da Pasta em 2011.
A assessoria de imprensa da Prefeitura não atendeu ao pedido e não divulgou nenhum posicionamento de Fátima.
Fonte: Diário do Grande do ABC