A Corregedoria da Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira o inquérito sobre a agressão do delegado Damasio Marino contra o advogado cadeirante Anatole Anatole Morandini, na cidade de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), de acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML) anexo ao inquérito, o cadeirante sofreu lesões de natureza leve no lado esquerdo da cabeça, olhos e lábio superior causadas por “objeto contundente” não especificado.
A SSP não passou mais informações sobre o inquérito, mas disse que ele já está à disposição da Justiça e do Ministério Público. No boletim de ocorrência, a delegacia registrou o caso como “lesão corporal”.
O advogado de defesa do delegado, esclareceu que objeto contundente é um termo vago e que não há como afirmar que seja uma arma. Informou ainda que vai entrar com representação para submeter o processo à Corregedoria na capital.
Marino, do 6º Distrito Policial de São José dos Campos, foi afastado do cargo pela Secretaria de Segurança Pública até o final das investigações e teve sua arma recolhida. Na quinta-feira passada, ele foi ouvido na sede da Corregedoria.
– O processo administrativo, concluindo pela culpa, pela comprovação da transgressão disciplinar, ele (o delegado) está sujeito sim a uma pena de demissão – explicou Antônio Álvaro Sá, o corregedor da Polícia Civil.
No depoimento, o delegado admitiu ter dado tapas em Morandini, de 35 anos, durante uma briga em frente a um cartório da cidade. O advogado diz que foi chamar a atenção do delegado, que havia estacionado seu veículo numa vaga destinada a deficientes, e acabou sendo agredido. O policial negou no depoimento ter apontado o revólver e agredido o deficiente físico com a arma.
Testemunhas disseram ter visto o policial apontando a arma para o cadeirante, que ficou ferido no rosto, na cabeça e mostrou o sangue que ficou em sua camiseta após as agressões
O advogado ficou paraplégico ao ser baleado na coluna em um assalto há 17 anos.
Fonte: O Globo
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