Estado quer aumentar efetivo da PM em Diadema

O aumento do efetivo da PM (Polícia Militar) da cidade de Diadema será estudado pelo Secretário de Segurança do Estado, Antonio Ferreira Pinto. Pouco mais de 700 polícias atuam na cidade, o déficit calculado pela secretaria é de 11% – cerca de 70 policiais. O governo estadual avalia sanar o problema dentro de um ano, já que planeja inserir mais 5 mil homens no efetivo de todo estado, mas precisaria do período para realização de concurso público e treinamento. A promessa de analise foi feita ao prefeito Mário Reali (PT), durante encontro na tarde de hoje.

Segundo o prefeito, existe uma preocupação no município em relação ao aumento de tráfico de drogas, taxa de homicídios e ocorrências de crimes contra o patrimônio público. “Tínhamos uma média de 6,5 mês de homicídios. Em 2009, passamos a 4,5 mês. Agora voltamos aos 6,5 mês. Precisamos avaliar a da mesma forma da taxa de mortalidade infantil, são circunstância”, explica.

O secretário explicou ao prefeito que a remuneração dos PMs de Diadema será de R$ 2.300. Uma das principais reclamações dos soldados do Grande ABC é em relação a defasagem dos salários. “A diferença caiu para R$ 170”, informou Reali.

Outra solicitação do petista ao governo estadual foi a criação da 4ª Companhia da PM, ou seja mais um batalhão do corporação. A proposta, no entanto, não foi bem aceita por Ferreira Pinto. Ele disse que a criação tiraria homens da rua, pois o batalhão precisaria de gente no setor administrativo. “Mas ele disse que vai estudar a proposta.” O prefeito disse que equipamentos como, bases móveis, também ajudariam na segurança da cidade.

A reunião também abriu espaço para Diadema colocar todas as suas reivindicações do ano. “Governo novo, precisamos começar a informar o que precisamos”, definiu Reali. A prefeitura também propôs um planejamento de ações de combate ao crime e a violência conjuntas. “Já fazemos o Diadema legal (fiscalização do fechamento de bares até 22h), mas queremos ampliar”, comentou.

Após o desempenho da secretaria de Defesa Social de Diadema não ter garantida a manutenção da taxa de homicídios, o comando foi alterado. Saiu José Francisco Alves (PMDB) e entrou Arquimedes Andrade (PT), também presente no encontro. “Tudo que vira continuísmo demais cria teis de aranha. Precisava cutucar a gestão”, afirmou. Nos bastidores, a troca ocorreu por conta da postura do antigo secretário e pela antipatia com os GCMs (Guardas Civis Municipais).

Para engrossar os pedido municipal, um grupo de vereadores, inclusive oposição, acompanhou o prefeito, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Maria Marlene Machado e do Sindema (Sindicato dos Servidores de Diadema). O delgado geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Malheiro e o comandante geral da PM, Álvaro Batista Camilo, também participaram do encontro.

Fonte: Diário do Grande ABC