Assim que ouvem os primeiros trovões, Camila Guimarães, 25, e Jader Ribeiro, 26, cerram as portas de seu salão de beleza mais cedo, com medo da enchente. O lugar fica em um quarteirão da rua Rosa e Silva, no Bairro da Santa Cecília (região central de São Paulo), que sempre alaga.
Sem comporta, os dois tiveram prejuízo de R$ 2.000 –perderam tintas, secadores, armários, toalhas e máquinas de cortar cabelo.
Normalmente, o salão fecha às 19h. Em dia de chuva forte, não passa das 17h. A estratégia de ir embora mais cedo é usada por comerciantes de áreas que habitualmente alagam.
Anteontem, a padaria da rua Albuquerque Lins com a Baronesa de Itu, no mesmo bairro, fechou meia hora antes, às 22h. “Os clientes também ficaram apavorados e foram embora”, afirma o gerente, Severino Fabrício, 37.
Um bar na rua Jaraguá, no Bom Retiro, também fechou mais cedo por causa da chuva, por volta das 21h30. Também é comum adotarem comportas, que ajudam a evitar a entrada de água.
No prédio em frente à praça Marechal Deodoro, a comporta da garagem –que fica abaixo do nível da rua– também é fechada quando chove e a rua alaga. “Não entra nem sai ninguém”, diz o zelador e morador Paulo Silva, 63.
Fonte: Folha de S. Paulo
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